sábado, 10 de abril de 2010

Noite Gélida

     
      
Noite Gélida,
De trevas cadavéricas
Estende-te até mim!
Cubra-me com teu manto negro
De diamantíferas estrelas,

Faze-me parte de ti!

Noite Gélida
Cubra com teu manto
A minha tez sombria,
Minha vil melancolia,
Para que se perca minha existência
Em tua paz mortificada!

Noite Gélida,
Na paz de tua penumbra
Rogo-te com dor profunda
Que invadas minha alma,
E quando então, inevitavelmente

A essência abandonar a carne

    
Fazei-me parte de ti!
   
   
Morte gélida...

     

Um comentário:

  1. Se fosse mais Álvares de Azevedo, já tava morto de tuberculose.

    Eu gosto de Álvares de Azevedo.

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