sábado, 10 de abril de 2010

Crepúsculo de Sangue

  
  

Erga a fronte, seque as lágrimas.
O Crepúsculo é sempre mais rubro que a Alvorada.
O sangue que de mim caía, agora sublima,
Como sublima minha vida em árdua estrada.

Limpe a mente, deixe o fardo,
Não tentes entender a vida em horas amargas.
Pois se soubesses de que vem meu sorriso,
Chorarias em eternas madrugadas.

Seja então como a rocha no mar, escarpada,
Deixe arrebentar as ondas, sofra sem mágoas.
Pois na intensa dor, no sangue rubro,
Grande paixão também é encontrada.

Liberte-se da Fúria, perca-se da Calma.
O Crepúsculo é sempre mais rubro que a Alvorada.
Tingido de sangue, um dia serás negro,
Sombrio por do sol de minha alma.

       

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